domingo, 24 de agosto de 2008

O cansaço das horas

Cruz que carrego ao peito
Que outrora trouxeste o alívio de outras cruzes
Peso morto na alma que tanto me fez suspirar
Pensamentos turvos que fazem cegar sonhos
Que atormentam a minha paz
Tornas-me incrédula nas minhas convicções
Deixas-me com um ardume na voz
Nunca leste os meus sinais
Deitaste-me para um canto como algo inútil
Tanto desprezo pelas coisas que mais adoravas
Tanto azedume pela tua própria vida
A vida fará enlouquecer-te
Serás vitima da tua própria dor
Estarás entregue à tua própria sorte.
Vive a vida ou deixa que a Morte te encontre.